sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Vantagens do Monitoramento Usando Feromônios e Combate Usando os Biodefensivos

No meu ponto de vista é algo muito bom se for trabalhado com responsabilidade começando pelos laboratórios passando por vendedores e revendas e por fim um uso consciente do produtor rural.

Inicialmente o produtor necessita fazer o monitoramento populacional que poderá ser feito através de armadilhas com feromônios específicos para cada praga ou de análise laboratoriais (ex. dos nematoides). A partir daí se tem uma base de qual a dosagem de biodefensivos, o manejo adequado na cultura e tecnologias de aplicação em geral evitando assim desperdícios e maximizando o combate.

Pode-se usar feromônios também nas técnicas de coleta massal, atrai-e-mata ou confusão sexual para controlas as pragas.


Periodicamente se faz necessário monitorar, através de vistorias,  a fim de verificar a eficiência e estabelecer novos parâmetros para prosseguir no combate e controle.
Pensem caros produtores se seus produtos ganharem o status de orgânico, talvez se consiga até um preço melhor.

Para o produtor as vantagens, além de ser uma forma sustentável de se produzir, vai garantir com custo de produção menor. Os produtores mais experientes sabem que quando se  usa muito defensivos químico o seu uso tende ser maior a cada ano (elevando o custo de produção) ao contrario do controle biológico que tende ter um custo cada vez menor. 

Usando os defensivos químico o produtor fica dependente,a cada ano,  mais desses produtos, o seu uso causa um desiquilíbrio natural no ecossistema, formam também biotipos cada vez mais  resistentes e contaminam o ambiente o que já foi comprovado em várias pesquisas. Na literatura mostra que logo quando lançaram os agrotóxicos no Brasil se achava que eram tão eficientes que poderiam até mesmo eliminar todo tipo de praga em definitivo usando os agrotóxicos, hoje já sabemos que isso não é verdade.

Caro produtores quero ressaltar também que é uma tendencia natural que seus clientes exijam até mesmo certificações de que seus produtos estão usando agroquímicos específicos para cada cultura e estão dentro dos limites estabelecidos por lei, isso se não exigirem até mesmo um produto totalmente livre de agroquímicos.




abraço...

Thiago Eugênio Pires
Tecnico em Agropecuária
Graduado em Processos Gerenciais
Reg. CREA:      105654/TD
Reg. Nacional : 1406248630
Telefone 37 88048797 oi
                 37 91501245 tim
                 37 99670790 vivo   
Site: www.bioequilibrioagricultura.com.br









quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Propagação de Árvores Frutíferas

Goiabeira

A goiabeira (Psidium guajava L.) pertencente à família Myrtaceae é originária da América Tropical, possivelmente entre o México e o Peru, onde ainda pode ser encontrada em estado silvestre. Pela sua capacidade de dispersão e rápida adaptação a diferentes ambientes, pode ser encontrada hoje tanto em áreas tropicais como subtropicais.

No Brasil, o estado de São Paulo destaca-se como principal produtor com a produção ocorrendo o ano todo, pelo uso da irrigação, poda, adubação e variedades que possibilitam a produção de frutos com dupla aptidão, tanto para indústria como para o mercado de fruta fresca.
Para se propagar uma planta de goiabeira o método mais utilizado é a estaquia.
O roteiro a ser seguido para a produção dessas mudas inicia-se com a escolha da planta matriz (Figura 10 a). O produtor deve optar por uma planta que represente a variedade que ele quer propagar, por exemplo, goiaba de polpa vermelha ou de polpa branca. Além disso, esta planta deve estar livre de pragas e doenças, ser produtiva, os frutos devem apresentar boa qualidade e as plantas devem estar bem nutridas e não apresentar déficit hídrico.
Escolhida a planta matriz, os ramos a serem coletados serão os situados na porção mediana da copa, ainda herbáceos, de coloração verde, sem sinais visíveis de lignificação. A coleta dos ramos, com tesoura de poda deve ser realizada preferencialmente nas primeiras horas do dia, quando a temperatura está mais amena, para evitar a perda de água.
Então se inicia a etapa de preparação das estacas (Figura 10 b, c, d, e). Geralmente utiliza-se a porção terminal dos ramos, desprezando a muito flexível, deixando as estacas com dois a três pares de folhas (2 a 3 nós) e cerca de 15 cm de comprimento. No ápice, deve-se manter um par de folhas, totalmente expandidas, e, na base, deve ser feito um corte em bisel, de forma a evitar desidratação e ressecamento dos tecidos. O restante das folhas deverá ser retirado. Após o preparo, as estacas deverão ser colocadas em recipientes, que podem ser bandejas de plástico cheias de substrato (Figura 10 f). A vermiculita, de textura média é considerada um excelente material por suas características de manter a estaca na mesma posição e lugar durante o período de enraizamento; fornecer umidade e aeração suficientes à base da estaca, apresentar boa capacidade de retenção de água, possuir drenagem satisfatória e ser livre de patógenos. Nessa fase é importante que a estaca não seja colocada em posição invertida.
Como a capacidade de enraizamento das estacas pode variar de acordo com as espécies e/ou cultivares, dependendo da cultivar que esteja propagando, o viveirista poderá utilizar ou não reguladores vegetais, ou seja, produtos com ação auxínica que favoreçam o enraizamento, tais como AIB (ácido indolbutírico), ANA (ácido naftalenoacético), entre outros. 
A última etapa é a colocação das estacas numa câmara de nebulização intermitente, que permite a emissão de pequenas gotículas de água no ambiente, de tempo em tempo, mantendo a superfície das folhas molhadas. Esse ambiente é propício ao enraizamento, pois evita a desidratação e o encharcamento das estacas (Figura 10 g).
Após um período de aproximadamente 60-90 dias, dependendo da época do ano, as estacas devem ser retiradas do nebulizador. As enraizadas (Figura 10 h) deverão ser transplantadas para sacos plásticos com 2 a 3 litros de volume em ambiente coberto por uma tela de sombrite (Figura 10 i). Utiliza-se como substrato uma mistura proporcional de solo, areia e matéria orgânica. As mudas irão se desenvolver e quando estiverem com 40-50 cm de altura, poderão ser plantadas no campo (Figura 10 j, k). A Figura 10 l mostra uma planta adulta originária de muda produzida por estaquia.
Para que o viveirista obtenha estacas de ramos o ano inteiro para a produção das mudas, é importante que o lote de plantas matrizes seja irrigado e que a poda seja escalonada, de tem tempo em tempo, pois só assim obterá os ramos herbáceos apropriados para o enraizamento.

Figura 10
-Planta matriz (a); Preparo da estaca (b, c, d); Estaca pronta (e); Estacas colocadas em vermiculita  (f); Nebulizador (g); Estacas enraizadas prontas para o transplantio (h); Estacas transplantadas em sacolas (i); Desenvolvimento inicial da muda (j); Mudas prontas (k); Planta adulta (l)


Lichieira
A lichieira (Litchi chinensis Sonn.) é originária da China, onde é cultivada há muitos séculos. No Brasil, é uma fruteira exótica com grande potencial na diversificação dos pomares, principalmente pelo aumento da demanda no mercado varejista e pelo alto preço da fruta. São Paulo e Minas Gerais destacam-se como os principais estados produtores.
O método mais utilizado para a propagação da lichieira é a alporquia, com até 90% de enraizamento. É importante que várias plantas sejam selecionadas como matrizes para essa prática, pois a obtenção de um grande número de mudas a partir de uma única planta pode causar enormes danos à mesma.
Os ramos escolhidos para a alporquia devem estar maduros, em posição fácil para o trabalho, situados na periferia da planta, e possuir diâmetro médio de 1,5 a 2,5 cm, e 45 a 60 cm de comprimento, com folhas no ponteiro.
Primeiramente escolhe-se uma região limpa do ramo e faz-se um anelamento na casca, de aproximadamente dois centímetros de comprimento, retirando-a e expondo o lenho. Então cobre-se essa região exposta com substrato úmido, à base de fibra de coco e amarre-a com um saco plástico para evitar a perda de umidade. Assim, tudo que for produzido nas folhas será deslocado para essa região, inclusive as auxinas, que são hormônios endógenos da planta que não serão degradadas pela luz, na parte coberta, promovendo o enraizamento (Figura12 e Figura 13 a, b, c, d).
Durante o período de enraizamento o alporque deve ser mantido sempre úmido. Na lichieira, o período para enraizamento dos alporques pode variar

de 60 a 90 dias, dependendo da época em que for realizado.
Quando se observa a formação de raízes com coloração alterada de branco para marrom cremoso, o alporque já está pronto (Figura 13 e). Uma vez enraizado, o ramo deve ser separado da planta matriz, utilizando uma tesoura de poda que fará o corte abaixo do plástico. Na seqüência, são eliminadas cerca de 75% das folhas com o objetivo de reduzir a taxa de transpiração.
As novas mudas são então plantadas em sacos plásticos com dimensões de aproximadamente 17 x 35 cm, tomando o cuidado de não danificar as raízes. Após o plantio, essas mudas devem ser mantidas em ambientes quentes, sombreados, com alta umidade e protegida de ventos. O recomendado
é deixá-las aproximadamente 15 dias em câmara de nebulização intermitente para que ocorra a estabilização das raízes nos saquinhos e a sobrevivência das mudas. Após esse período, inicia-se o crescimento das novas brotações, até as mudas estarem prontas para serem plantadas no campo (Figura 13 f). A Figura 13 g mostra uma planta adulta originária de muda produzida por alporquia.
A prática da alporquia em lichieira pode ser realizada em qualquer época do ano, desde que haja umidade e temperatura suficientes.


Figura 12 - Anelamento do ramo e retirada da casca (a, b, c, d); Amarração do plástico no ramo (e, f,

g, h); Colocação de substrato à base de fibra de coco úmido (i, j, k).

Figura 13 - Cobertura do substrato úmido com plástico e amarrio (a,b,c,d); Alporque enraizado (e);

Muda pronta (f); Planta adulta (g)


Bibliografia:
Adaptado de http://www.esalq.usp.br/svcex/

Poda de Árvores Frutíferas

http://www.esalq.usp.br/svcex/

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Núcleo de Sementes - Fitotecnia

TESTES RÁPIDOS PARA A DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DAS SEMENTES

Qualidade Física
A necessidade da identificação completa da qualidade das sementes aconselha o uso de um conjunto de testes eficientes, que, associados à análise de pureza física e teor de água, possam caracterizar os lotes de sementes. Dentre os testes úteis e complementares, para definir a qualidade física dos lotes, podem ser citados os testes de identificação varietal, tais como fenol, hidróxido de potássio e da peroxidase.
O teste bioquímico de fenol é simples, rápido e indicado para classificar cultivares de cereais. A reação da coloração do fenol é constante para cada cultivar e envolve a participação de enzimas, como a tirosinase e outras substâncias fenólicas presentes na semente.
Em arroz, o teste de fenol é aplicado em repetições de 100 sementes, que devem ser embebidas por 16 horas em substrato umedecido com água destilada, a fim de ativar o sistema enzimático. Posteriormente, as sementes devem ser colocadas em placas de Petry, contendo papel filtro molhado com 3mL da solução de fenol a 1% e mantidas em germinador regulado a 30°C, por mais 12 a 24 horas. No final do teste, as sementes são examinadas e agrupadas de acordo com a cor das glumelas ou em reação positiva, escurecimento das glumelas (BR IRGA 409 e 410), ou reação negativa, permanência da cor original das glumelas (Bluebelle e BRS 7). O teste não serve para identificar cultivares isoladamente, por serem muitas as que colorem de uma mesma cor.
O teste de hidróxido de potássio (KOH) é, também, usado para distinguir cultivares de arroz com cariopses vermelhas das cultivares comuns. Possibilita a recusa dos lotes contaminados com arroz vermelho híbrido, do tipo patna, com glumelas amarelo palha. Neste teste, as sementes são distribuídas em placas de Petry, contendo papel filtro umedecido com água destilada, onde sobre cada semente coloca-se uma gota da solução de KOH, a 5%. Em seguida, as placas são colocadas em germinador regulado na temperatura entre 25 e 30°C, por três horas. Após esse período é observada a coloração desenvolvida na semente, a cor vermelha escura indica arroz vermelho. Pode-se mergulhar repetições de 100 sementes em recipientes contendo a solução, observando-se, após o período indicado a alteração na coloração da solução e nas glumelas das sementes.
O teste da peroxidase é um método alternativo de identificação varietal em soja. A enzima peroxidase ocorre na maioria dos tecidos vivos dos vegetais, em sementes de soja a sua atividade pode variar, de acordo com a cultivar e, desta maneira, o teste permite detectar misturas entre sementes de determinadas cultivares.
Para realização do teste retira-se apenas o tegumento da semente suspeita de ser mistura, que é colocado no interior de um tubo de ensaio, em seguida, adicionam-se 10 gotas de guaiacol a 0,5% e cinco a dez minutos após, uma gota de água oxigenada a 40 volumes. O guaiacol é um composto fenólico obtido pela destilação da resina do guaiaco, espécie arbórea (Guajacus officinale L.).
A peroxidase cataliza a degradação da água oxigenada, liberando O2, que reage com o guaiacol. Se a atividade da peroxidase é pequena, a água oxigenada não é degradada e a solução permanece incolor, reação negativa (BR 4, BRS 66). Se a atividade for alta conduz à reação positiva (BRS 137, FEPAGRO RS 10) e a solução assume coloração marrom avermelhada.

Danos Mecânicos
A qualidade das sementes pode ser influenciada por operações decorrentes da colheita, secagem, beneficiamento, armazenamento e semeadura, que se diferenciam entre si em relação a cada espécie. Quando colhidas mecanicamente, as sementes vêm do campo com considerável percentual de dano mecânico, o qual é uma das principais causas da redução na qualidade.
Para identificar o local e a intensidade dos danos externos existem diversos testes, entre os quais os mais importantes são o Verde Rápido e da Tintura de Iodo. Esse último apresenta o inconveniente de ser tóxico ao homem, durante a manipulação. O Verde Rápido é um teste de dano mecânico indicado para sementes de milho e outros cereais, devido ao fato de não ser tóxico, em baixas concentrações, para as sementes e aos homens. As sementes tingidas germinam e as plântulas normais e anormais podem ser examinadas para se observar os efeitos do dano mecânico.
A metodologia do teste indica preparar uma solução de Verde Rápido a 0,1% (1g de tintura para 1 litro de água). Mergulhar repetições de cem sementes em recipientes contendo a solução. Agitar as sementes dentro da solução por 30 segundos, deixando a seguir em repouso por mais 30 segundos. Logo em seguida, drenar a solução da tintura e enxaguar as sementes em água corrente, depois distribuir cada grupo de 100 sementes sobre toalha de papel, para avaliar, separadamente, cada repetição e determinar a porcentagem de sementes danificadas. Esse teste não se presta para identificar danos internos causados por estresses na pré-colheita, para os quais o raio x ou a microscopia de varredura seriam mais indicados.
Para sementes de soja, feijão e outras Fabáceas, a identificação de danos mecânicos pode ser efetuada por meio do teste de imersão em hipoclorito de sódio. As sementes danificadas intumescem ao absorver a solução, enquanto as intactas permanecem em sua condição original. Esse método estabelece que repetições de 100 sementes devem ser mergulhadas em solução de hipoclorito de sódio a 5%, durante 10 a 15 minutos. Após esse período, drena-se a solução e distribuem-se as sementes sobre papel toalha, quando as mesmas são examinadas, individualmente, para determinação da percentagem de sementes danificadas. Se o tempo de embebição superar 15 minutos, as sementes intactas também intumescem.

Qualidade fisiológica
A organização do sistema de membranas em sementes pode refletir o seu estádio de deterioração e, conseqüentemente, a qualidade fisiológica.
Os testes de vigor baseados na integridade dos sistemas de membranas da semente vêm merecendo especial atenção, por identificar o processo de deterioração na sua fase inicial e permitir que medidas corretivas sejam tomadas para reduzir ou minimizar o seu efeito na qualidade fisiológica da semente. Dentre os métodos que se baseiam nesse princípio destacam-se os testes da condutividade elétrica, lixiviação de potássio e pH do exsudato.
A medição da condutividade elétrica por meio da quantidade de eletrólitos liberados pela semente na água de embebição tem sido aplicada, de modo mais freqüente, em uma amostra de sementes representativa de uma população (método massal). Neste caso, apresenta a desvantagem de que os resultados expressam a condutividade média de um grupo de sementes, onde poucas sementes mortas podem afetar a condutividade de um lote com muitas sementes de alta qualidade. Para minimizar esse problema, recomenda-se escolher as sementes, excluindo-se as sementes danificadas.
A metodologia adotada para este teste recomenda quatro repetições de 50 sementes, obtidas da porção sementes puras. As sementes devem ser pesadas e, posteriormente, colocadas em copos plásticos contendo 75mL de água deionizada, que serão mantidos em germinador regulado a temperatura de 25°C, durante 24 horas. Após o período de embebição a condutividade elétrica deve ser medida. O resultado obtido no condutivímetro deverá ser dividido pelo peso da amostra, para que o resultado final seja expresso em mS cm-1 g-1.
Uma alternativa metodológica para o teste de condutividade elétrica é aquela que avalia individualmente as sementes. Para esta determinação há necessidade de equipamento especial, um analisador automático-eletrônico, denominado de ASA (ASA 610, ASAC 1000).
Os procedimentos são semelhantes ao método massal, pois a metodologia básica é a mesma. A diferença fundamental está no fato de que nesse método, utiliza-se uma bandeja contendo 100 células, para a embebição das sementes. Os resultados serão obtidos individualmente para cada semente. É possível comparar estes valores com os testes de germinação e emergência em campo e associar as sementes com baixa condutividade elétrica com o alto vigor.
Uma porção significativa dos eletrólitos liberados pelas sementes, durante a embebição é representada por vários íons inorgânicos, dentre estes destacam-se o Na, K, Ca e Mg. O potássio (K), porém, tem merecido especial atenção por se tratar do principal íon em termos de quantidade lixiviada.
Sementes envelhecidas lixiviam maiores quantidades de potássio e essas quantidades têm sido utilizadas como um indicador da integridade do sistema de membranas celulares.
O teste de lixiviação de potássio tem sido utilizado como um índice rápido de avaliação do vigor de sementes de algumas espécies, como soja, feijão e algodão.
Para a realização deste teste em soja, pode-se usar repetições de 25 sementes, fisicamente puras, imersas em 75mL de água destilada, a 30°C, por 90 minutos, de onde são retiradas alícotas para a determinação do K liberado. Para a determinação do íon tem sido usada a análise de ativação de nêutrons, de espectrofotômetro de absorção atômica e por meio de fotômetro de chama.
Durante a embebição das sementes, a liberação de íons H+ acidifica o meio e diminui o pH do exsudato. As sementes mais deterioradas lixiviam mais H+, por isto apresentam exsudatos mais ácidos, com menores valores de pH.
Alguns testes utilizam o pH do exsudato das sementes para estimar a viabilidade. Em soja, com o uso de um peagâmetro, a viabilidade foi representada por pH 5,8; acima deste valor encontravam-se as sementes viáveis e abaixo as sementes não viáveis. Esses resultados foram observados em pesquisas realizadas na Universidade Federal de Pelotas, após embebição individual das sementes por 20 horas a 25°C.
O pH do exsudato, também, pode ser utilizado num método colorimétrico, para estimar a viabilidade de sementes de feijão, milho e soja, após 30 minutos de embebição. Para este teste, repetições de 100 sementes são colocadas para embebição em bandejas com células individuais, contendo 2mL de água destilada (pH=7,0), onde é colocada cada semente. Após, transcorrido o período de embebição, coloca-se 1 gota da solução de fenolftaleína e 1 gota da solução de carbonato de sódio. Para sementes de milho, usam-se as seguintes concentrações: Na2CO3 - 8g/L e fenolftaleína a 0,5%.
A cor desenvolvida na solução do exsudato estima a viabilidade das sementes, sendo que, rosa forte caracteriza as sementes viáveis e rosa fraco ou incolor as não viáveis.
Teste de Tetrazólio
O teste de tetrazólio (Tz) é rápido e grande importância para a avaliação da qualidade das sementes, porque, além da viabilidade, o mesmo pode informar sobre o vigor e ainda identificar diversos problemas que afetam o desempenho das sementes. A metodologia do teste vem sendo aperfeiçoada constantemente, de modo que existem manuais que indicam a execução para várias espécies, tais como a soja, milho, trigo, feijão, algodão e amendoim.
O Tz se baseia na alteração da coloração dos tecidos vivos em presença de uma solução de tetrazólio. Essa alteração na coloração reflete a atividade das enzimas desidrogenases envolvidas na atividade respiratória. Estas enzimas, particularmente, a desidrogenase do ácido málico, catalizam a reação dos íons H+ liberados pela reação dos tecidos vivos com o sal (2,3,5 - trifenil cloreto de tetrazólio), formando uma substância de cor vermelha, estável e não difusível, denominada trifenilformazan.
Se o sal de tetrazólio é reduzido, formando o composto vermelho, houve atividade respiratória nas mitocôndrias, significando que há viabilidade celular e do tecido. Os tecidos não viáveis não reagem e, conseqüentemente, não são coloridos. A formação de um vermelho carmim claro indica tecido vigoroso e um vermelho mais intenso para o tecido em deterioração.
O Tz identifica, em soja, deterioração por umidade, danos mecânicos e de percevejos. A interpretação do teste exige que as sementes sejam avaliadas individualmente, quando o exame das partes vitais, a localização e intensidade da coloração indicarão a condição da semente.
Muitos outros métodos, para a determinação rápida da qualidade das sementes, vêm sendo pesquisados, porém vários ainda não mostraram resultados consistentes, outros apresentam dificuldades na padronização, alguns se mostram promissores, mas devem ser mais avaliados antes de sua recomendação.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Bananeira











Nome científico: Musa spp.
Família: Musaceae
Nomes populares: Banana
Nome em inglês: Banana
Origem: provavelmente Ásia

Escolha e Preparo do Terreno
Dê preferência aos terrenos planos a suavemente ondulados. O terreno ideal é o
profundo (pelo menos um metro de profundidade), rico em matéria orgânica,
bem drenado e com boa capacidade de retenção de água. Em terrenos
inclinados deve-se plantar seguindo as suas curvas de nível, para não desgastar
a terra. Os terrenos não muito argilosos (30 a 40% de argila) e também não
muito arenosos, com menos de 45% de areia, são mais apropriados, pois retêm
os nutrientes e a água, que são fundamentais para o bom desenvolvimento da
bananeira.
Assim, deve-se evitar:
1. Plantar ladeira abaixo ou morro abaixo.
2. Plantar em terreno com muito barro, ou seja, muito argiloso.
3. Plantar em terreno com muita areia, ou seja, muito arenoso.
4. Plantar em áreas sujeitas a encharcamento, em baixadas ou terras com
camadas endurecidas ou soladas, que impedem a penetração da água.
5. Plantar em terras fracas por natureza ou esgotadas por outros cultivos.
Após a escolha da área, é preciso preparar a terra para o plantio da bananeira.
O preparo da terra depende do tipo de vegetação, da lavoura anterior, do tipo
de solo e das condições financeiras do agricultor.
A queima deve ser evitada. O agricultor que queima a terra toda destrói os
microrganismos (bichinhos) benéficos que vivem debaixo da terra e também os
adubos orgânicos, acabando com a fortaleza da terra.
Arranque os tocos, faça aração ou tombamento e gradagem ou apenas a
escarificação da terra para deixar o terreno como a planta gosta – bem arejado e
fácil para as raízes penetrarem e absorverem os nutrientes. Em área já cultivada
também não use fogo; deixe o mato e os resíduos da bananeira na superfície da
terra, os quais servem como adubo.

Adubação
Antes de plantar faça a análise da terra. Retire 15 a 20 subamostras por área
homogênea, nas profundidades de 0-20 cm e, se possível, de 20-40 cm,
misture e forme uma amostra composta para cada profundidade e encaminhe
para o laboratório, com antecedência de 60 dias do plantio. A bananeira requer
muito nutriente para crescer e produzir bons frutos. Se tiver dúvidas na
amostragem da terra para análise, chame um técnico para ajudar.
Se necessário, a primeira prática que deve ser feita é a aplicação do calcário,
que reduz a acidez e eleva os teores de cálcio e de magnésio da terra. Contudo,
a maior parte dos solos do município de São Francisco do Conde não apresenta
acidez, ou seja, a quantidade de alumínio é baixa e o pH é elevado, como
também são altas as quantidades de cálcio e magnésio, dispensando a
aplicação de calcário.
A adubação na cova de plantio é muito importante, devendo conter fósforo (P)
e adubo orgânico, principalmente para ajudar na formação e no crescimento das
raízes da bananeira. O fósforo é fornecido pela farinha de ossos queimados,
pelos superfosfatos e pelo fosfato de rocha. Em geral, 250 g de superfosfato
triplo por cova é suficiente, mas a análise química do solo é que vai informar a
quantidade exata. O adubo orgânico, em torno de 15 litros de esterco de curral,
composto orgânico ou outro material orgânico disponível na propriedade, deve
ser aplicado na cova de plantio, pois é muito importante para o crescimento da
bananeira.
A partir do primeiro mês, o nitrogênio (N) deve ser aplicado novamente, para
ajudar a crescer e dar cor verde às folhas das bananeiras. O nitrogênio é
fornecido pelo esterco, pelas leguminosas (feijão e outras), pelo composto, pela
uréia, pelo sulfato de amônio e outros adubos minerais. A uréia, como é a fonte
de nitrogênio mais barata, é a mais utilizada. Se for utilizar a uréia, como o
nitrogênio movimenta-se na terra, é importante que se faça, pelo menos, seis
aplicações desse adubo durante o ano (a cada dois meses), em torno de 50 g
de uréia por aplicação. A terra não pode estar seca (queima a planta) ou úmida
demais, pois o nutriente não será aproveitado.
Quando a bananeira estiver com três meses, aplique o potássio (K), que é o
nutriente que a bananeira precisa em maior quantidade, para produzir frutos de
qualidade. A quantidade de potássio a ser aplicada vai depender da análise
química do solo. As fontes de potássio são o cloreto de potássio ou o sulfato
de potássio, sendo encontrado também no esterco e nas cinzas.
Se o agricultor não quiser utilizar produtos industrializados como o
superfosfato triplo, superfosfato simples, a uréia e o cloreto de potássio, ele
pode utilizar os adubos orgânicos que tiver na propriedade como compostos
(mistura de esterco, raspa de chiqueiro, restos de colheita, restos de ervasdaninhas,
capim, folhas, excesso de frutas do pomar, sabugos e outros
materiais orgânicos), cinzas, estercos (vaca, bode, jumento, cavalo, galinha e
outras aves), adubos verdes, ricos em nitrogênio (guandu, mucuna, feijão caupi
e outros) e, também, os biofertilizantes (adubo obtido pela fermentação do
esterco verde).
Lembrar que a bananeira devolve ao solo o material vegetal após a colheita dos
cachos, que representa uma quantidade significativa de nutrientes. Assim, a
análise química do solo deve ser feita anualmente, após a primeira colheita,
para ver quanto de nutriente os resíduos da bananeira incorporaram na terra. Os
resíduos da bananeira devem ficar na terra como cobertura do terreno e para
fornecer nutrientes para a planta, quando os restos da cultura começarem a
apodrecer.
As adubações de cobertura nas plantas jovens devem ser feitas em círculo, com
10 a 20 cm de largura e 20 a 40 cm distante da muda, de acordo com a idade
da planta. No bananal adulto, os adubos são colocados em meialua
em frente à planta filha e neta.Em terrenos inclinados, a
adubação deve ser feita em meia-lua, do lado de cima da cova, e ligeiramente
incorporada ao solo.

Variedades e Seleção do Material

Após a decisão de qual variedade de banana será plantada, considerando a
preferência do consumidor, a produtividade, a tolerância a pragas e doenças, o
porte e a adaptação às condições do plantio, o agricultor deve selecionar as
mudas. As bananas ‘Prata’ e ‘Pacovan’ são as mais plantadas no Brasil para
consumo fresco e a ´Terra´ e ´D´Angola´ para serem consumidas fritas ou
cozidas.
A utilização de mudas de alta qualidade genética e livres de pragas e doenças é
fundamental para o sucesso do bananal. A grande maioria dos plantios de
banana é realizada utilizando mudas retiradas de bananais já existentes. Dê
preferência para mudas vindas de viveiros e tipo “chifrão” (60 a 150 cm de
altura e com peso de 2,5 kg após o preparo, ou seja, depois da eliminação das
raízes e parte aérea, deixando-se apenas 20 cm do pseudocaule); contudo,
existem também mudas tipo “chifre” e “chifrinho” que podem ser utilizadas. As mudas de cultura de tecidos (micropropagadas) são, em geral, de qualidade superior, mas pelo preço elevado, muitas vezes não podem ser adquiridas pelo agricultor. As mudas podem ser retiradas do próprio bananal, desde que:
1. O bananal não tenha pragas e
doenças.
2. O rizoma de onde sairá a muda
não tenha mais de três anos.
3. Não se retire mais de uma muda
por touceira.
4. Se retire a muda apenas após a
colheita da planta mãe.
5. A muda retirada esteja do lado
oposto ao filho selecionado do
bananal.

As mudas devem ser limpas na área onde foram retiradas, cortando todas as
raízes, as partes estragadas e retirando toda a terra, até o rizoma ficar
inteiramente branco.

Espaçamento

Não plante de qualquer maneira; plante em linha obedecendo ao espaçamento
recomendado para a variedade escolhida.
As terras mais fortes e as variedades mais altas exigem maior espaço.
Espaçamentos para diferentes variedades, em função do porte
(altura).
O plantio em fileiras duplas é interessante, pois permite plantar a
bananeira com outras lavouras. Esse espaçamento consiste em juntar duas
fileiras formando um par de distância de 2 m. Esses pares de fileiras são
espaçadas em ruas com 3 ou 4 m de largura. Dentro de cada linha ou fileira
dupla o compasso ideal será de 2 ou 2,5 ou 3 m, dependendo da altura da
variedade de banana.
As culturas consorciadas são plantadas nas ruas de 3 ou 4 m, deixando
sempre um espaço (50 cm) da planta. Usando-se fileira dupla, tem-se as
seguintes vantagens:
1. Facilita o plantio de uma cultura intercalar, preferencialmente uma
leguminosa, que fornece nutrientes à bananeira e cobrirá boa parte dos custos
iniciais com a banana.
2. Fica mais fácil capinar, pois nasce menos mato.
3. Facilita a colheita, pois os cachos crescem para o lado da fileira larga, onde
há mais luminosidade.

Plantio

Deve-se abrir covas de 30 x 30 x 30 cm ou 40 x 40 x 40 cm ou
sulcos com 30 cm ou 40 cm de profundidade.
As mudas são colocadas nas covas adubadas, a uma profundidade de forma
que o rizoma fique totalmente coberto. Caso o terreno seja inclinado, a parte da
muda com o olho (gema) deve ser colocada na parte superior. Aperte bem a
terra ao redor da muda e coloque ao redor capim seco, para conservar a
umidade da terra.

Tratos Culturais

Capina: principalmente nos cinco primeiros meses após o plantio. Pode ser
realizada com enxada, estrovenga e herbicidas. O solo não pode ficar
descoberto, e não se deve capinar a
área total do bananal.
Irrigação: a bananeira é sensível à deficiência de água, devendo ser irrigada quando faltar água na terra, ou seja, quando não chover 100 a 150 mm por mês. A quantidade de água a ser aplicada varia de 13 a 55 litros por planta por dia, dependendo do desenvolvimento da planta e da época do ano.
Desbaste: é a eliminação do excesso de
filhos com 20 cm a 30 cm de altura, sendo
normalmente feito três vezes por ano,
deixando-se apenas uma família (mãe, filho
e neto ou mãe e dois filhos.
Desfolha: é a eliminação das folhas secas, mortas e verdes quebradas, sendo
normalmente feita na época do desbaste e após as adubações.
Escoramento: é uma prática que evita perdas de cacho por quebra e
tombamento da planta, quando o cacho é muito pesado. Recomenda-se realizála
no início da formação do cacho (primeiros 30 dias).
Eliminação do coração: acelera o desenvolvimento dos frutos, aumenta o
comprimento dos últimos frutos e o peso do cacho. Recomenda-se realizá-la
duas semanas após a emissão do cacho, deixando 15 cm de engaço. Nesta
ocasião, retira-se a última penca deixando-se apenas um fruto como dreno.
Pode ser realizada junto com o escoramento.
Ensacamento do cacho: é realizado principalmente nos plantios mais
tecnificados, após o corte do coração. Vantagens: aumenta a velocidade de
crescimento dos frutos, antecipa a colheita, mantém a temperatura alta, sem
variação, evita ataque de abelhas, ninhos de aves e roedores e tripes (quando o
saco tiver inseticida na sua composição), reduz danos com raspões, queimaduras e melhora a qualidade do fruto.
Corte do pseudocaule: é realizado próximo ao solo, logo após a colheita. Usar ferramentas
desinfetadas e picotar o pseudocaule da bananeira em pedaços pequenos. Altura do corte do pseudocaule da bananeira.
Pragas
A bananeira é comumente atacada pela broca-do-rizoma, tripes, broca-rajada,
lagartas, ácaros de teia e abelha arapuá.
Broca-do-rizoma
A broca-do-rizoma, também conhecida como moleque-dabananeira, é a principal praga dessa
cultura. O adulto é um besouro preto, com cerca de 11 cm de comprimento, que tem período de vida entre cinco e oito meses, podendo viver até dois anos, e que, durante o dia, prefere se
esconder em ambientes úmidos e sombreados. As fêmeas põem ovos em torno da planta e desses ovos saem larvas que entram no rizoma, onde abrem galerias enfraquecendo a bananeira, deixando-a mais sensível ao tombamento. Além disso, as bananeiras atacadas pelo moleque apresentam desenvolvimento atrofiado, amarelecimento e secamento das folhas, cacho pequeno, entre outros sintomas. Para controlar a broca-do-rizoma é preciso lançar mão de diversas medidas integradas, começando com a qualidade das mudas, que devem ser obtidas de áreas onde a presença da praga seja baixa ou onde se praticam medidas de controle. As mudas devem ser cuidadosamente selecionadas; a parte externa do rizoma deve ser retirada, para observar se existe ataque da broca no interior do rizoma, retirando-se toda a parte atacada. Os produtores que usam mudas micropropagadas (de laboratório) não precisam fazer essa limpeza.
No campo, a broca-do-rizoma pode ser controlada mediante a colocação de iscas de pseudocaule espalhadas pelo plantio. São dois os tipos de iscas: a telha e o queijo. As iscas tipo telha são pedaços de pseudocaule de 40 a 60 cm de comprimento, cortados ao meio, no
sentido longitudinal. A isca tipo queijo, por outro lado, é preparada cortando-se o pseudocaule
de uma planta que já foi colhida, aproximadamente 30 cm do nível do solo, efetuando-se um novo corte (parcial ou total) à metade dessa altura. Os insetos são atraídos pelas iscas e se alojam dentro da isca tipo queijo ou embaixo da isca telha. As iscas podem ser pinceladas com uma suspensão de um fungo denominado Beauveria bassiana ou com inseticidas. Os insetos capturados nas iscas, onde não se utilizou nem inseticida nem fungo, devem ser coletados e destruídos. Devem ser distribuídas 50 iscas por hectare.
Tripes
Existem pelo menos dois tipos de tripes que afetam os frutos da bananeira: o tripes da erupção e o tripes da ferrugem. Os tripes da erupção são pequenos insetos que põem os ovos na casca dos frutos em desenvolvimento, provocando danos na forma de pontuações marrons e ásperas ao tato. Esses danos depreciam o valor comercial do fruto, porém não causam problemas na qualidade da fruta. A despistilagem, ou seja a retirada dos restos das flores, e a retirada do coração ou mangará, reduzem a população do tripes e, por conseguinte, os danos por eles causados. A proteção dos cachos com sacos plásticos, reduz os prejuízos causados pelo tripes da erupção. O tripes da ferrugem provoca o aparecimento de manchas de coloração marrom(semelhantes à ferrugem), diminuindo a qualidade do fruto, porém sem afetar a polpa da banana.

Broca-rajada
Em sua fase de larva, a broca-rajada da bananeira lembra a broca-do-rizoma; porém, na fase adulta, a broca-rajada é um besouro marrom, medindo cerca de 15 cm de comprimento e com listras longitudinais pretas. É uma praga freqüentemente encontrada no bananal, sendo atraída pelas iscas utilizadas para captura de adultos da broca-do-rizoma. A broca-rajada é também facilmente encontrada em pseudocaules tombados, em decomposição ou em plantas que
apresentam desenvolvimento pouco satisfatório. Embora não seja uma praga importante para a bananeira, o aumento na população da broca-rajada pode causar problemas para culturas vizinhas do bananal como, por exemplo, a cana-de-açúcar e o coqueiro. As medidas utilizadas para controlar a broca-do-rizoma são também eficientes no controle da broca-rajada.
Lagartas desfolhadoras
Várias espécies de lagartas são capazes de se alimentar das folhas da bananeira, causando danos que variam de perfurações nas folhas até a destruição de grandes áreas. De maneira geral, as lagartas desfolhadoras da bananeira não são consideradas pragas de importância para a cultura, tendo em vista que são atacadas por inimigos naturais que mantêm a população da praga em equilíbrio; portanto, não há necessidade de aplicar produtos químicos para controlar essas lagartas.
Ácaros de teia
Na forma adulta, os ácaros da teia medem em torno de 0,5 mm de comprimento, apresentam coloração avermelhada e formam colônias na face inferior das folhas, tecendo
teias normalmente ao longo da nervura principal. O ataque dos ácaros é mais severo em épocas secas, enquanto nas épocas mais úmidas e chuvosas os danos causados pelo ataque dessa praga
são bastante reduzidos. Nas épocas secas e quentes o ataque dos ácaros provoca o amarelecimento da região afetada, a qual, com o passar do tempo, torna-se necrosada, podendo secar a folha.

Abelha arapuá
Também conhecida como abelha cachorra, a abelha arapuá é um inseto de
coloração preta, com cerca de 5 cm de comprimento, encontrado
freqüentemente nos bananais onde existam plantas em fase de floração. O
ataque da arapuá nas flores e em frutos novos resulta no desenvolvimento de
lesões irregulares, principalmente ao longo das quinas, dano este que deprecia
o valor comercial dos frutos. A eliminação do coração, após a formação do
cacho, ajuda a reduzir os danos causados pela arapuá.

Doenças
As doenças são as principais causas de perdas na produção de frutos na
cultura da bananeira, razão pela qual são consideradas o principal fator limitante
para sua exploração comercial em determinadas regiões produtoras. Em alguns Estados brasileiros, onde a bananicultura ocupa lugar de destaque na atividade agrícola, como Santa
Catarina e São Paulo, uma outra doença, conhecida como Sigatoka-negra, constitui a principal causa de perdas na produção.
Mal-do-Panamá
O mal-do-Panamá é uma doença bastante importante em toda as regiões
produtoras de banana no Mundo. No Brasil, o mal-do-Panamá pode causar
sérios problemas a diversas variedades de banana do grupo Prata, e é o
principal fator limitante ao cultivo da banana ‘Maçã’. As plantas atacadas pelo
mal-do-Panamá mostram amarelecimento que começa dos bordos para o centro
da folha. Os sintomas começam nas folhas mais velhas, seguindo
progressivamente para as mais novas. Como conseqüência do ataque do maldo-
Panamá, as folhas murcham, secam e dobram junto ao pseudocaule, ficando
pendentes e dando à planta um aspecto de guarda-chuva fechado. Além disso, as folhas das plantas atacadas podem se apresentar mais estreitas que o normal. Outro sintoma externo do mal-do-Panamá é a ocorrência de rachaduras no pseudocaule, de comprimento variável e próximas ao nível do solo. Internamente, cortando-se o pseudocaule, observa-se que os
vasos apresentam uma coloração pardoavermelhada, sempre em distribuição periférica,
resultante da infecção pelo agente causador da doença. O corte transversal do rizoma também revela a presença da doença, representada pela alteração da coloração na região
onde os vasos são formados. Em variedades suscetíveis, como a banana Maçã, o mal-do-Panamá provoca perdas de até 100% na produção de frutos. Em variedades tipo Prata, menos suscetíveis ao mal-do-Panamá, a doença pode causar cerca de 20% de perdas na produção. Por outro lado, as perdas devidas a essa doença é também influenciada por características do solo.
O mal-do-Panamá é levado de um plantio para outro por meio de mudas
doentes. Dentro do bananal, o mal-do-Panamá se espalha de várias maneiras:
1) pelo contato das raízes das plantas sadias com a doença trazida pelas mudas
atacadas; 2) na água, que escorre no solo, passando pelas plantas doentes e
contaminando as sadias; 3) pela movimentação de solo contaminado, seja
pelos implementos agrícolas, pelas ferramentas ou pelo homem e animais.
A melhor medida de controle do mal-do-Panamá consiste no plantio de
variedades resistentes como a ‘Nanica’, ‘Nanicão’, ‘Grande Naine’, ‘Terra’,
‘Caipira’, ‘Thap Maeo’, ‘Pacovan Ken’, ‘Preciosa’ e ‘Maravilha’, dentre outras.
A variedade Tropical, do tipo Maçã, é considerada tolerante ao mal-do-Panamá,
e pode constituir uma boa alternativa de cultivo. Além das variedades
resistentes, o emprego de práticas culturais adequadas é o melhor meio de
controle do mal-do-Panamá. Entre essas práticas, destacam-se: a) evitar instalar
os novos plantios em áreas onde já ocorreu o mal-do-Panamá; b) usar mudas
sadias; c) fazer a correção do solo, aplicando calcário; d) instalar os plantios,
de preferência, em solos ricos em matéria orgânica; e) adubar as plantas da
maneira recomendada; e f) fazer o controle de nematóides.
As plantas que ficarem doentes no bananal devem ser erradicadas. Recomendase
utilizar herbicidas neste procedimento. É recomendável aplicar calcário ou cal
hidratada no local de onde a planta foi erradicada.
Sigatoka-amarela
A Sigatoka-amarela é uma das doenças mais importantes da bananeira no
Brasil, onde é encontrada em todas as regiões produtoras, causando perdas
médias de 50% na produção dos frutos das variedades suscetíveis. Os sintomas iniciais dessa doença são representados por pontuações
amarelas claras, que aparecem na página superior das folhas. As folhas da bananeira são contadas de cima para baixo, onde a folha “vela“, ou cartucho, é a
folha zero e as que seguem são as folhas 1, 2, 3, 4 e assim por diante. Sintomas iniciais da Sigatoka-amarela. Os pontos se alongam e escurecem, tomando o aspecto de um risco
amarelo mais forte. Com o passar do tempo, os riscos amarelados tornam se manchas marrons que vão escurecendo com o passar do tempo, até se apresentar como uma
mancha marrom escura, quase preta, com o centro acinzentado e uma
borda amarelada. Normalmente as manchas se juntam e uma grande área da folha fica
necrosada ou morta. A morte prematura das folhas, devida ao ataque da Sigatoka-amarela, afeta
o desenvolvimento da planta, provoca lentidão na capacidade de perfilhamento, diminui o número de pencas por cacho, reduz o tamanho dos frutos, provoca a maturação precoce dos frutos no campo e pode acelerar a maturação dos frutos durante o transporte e comercialização.
Sigatoka-negra
A Sigatoka-negra é a mais grave e temida doença da bananeira em todo o mundo. No Brasil, essa doença foi constatada em 1998 e se espalhou por diversos Estados, encontrando-se, até outubro de 2005, presente nos Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Sul de
Minas Gerais, sendo a Região Nordeste considerada como área livre da doença. À semelhança com a Sigatoka-amarela, os sintomas iniciais da Sigatoka-negra ocorrem nas folhas 2, 3 e 4. Entretanto, diferentemente da Sigatoka-amarela, os primeiros sintomas da Sigatoka-negra aparecem na face inferior das folhas, na forma de riscos de cor marrom, que evoluem para coloração preta. Com o progresso da doença os riscos passam para manchas pretas, que se juntam e matam grandes áreas das folhas, de maneira que expressa um visual preto escuro na planta afetada. A evolução da Sigatoka negra é mais rápida que a da sigatoka-amarela; portanto, as perdas na produção são mais acentuadas. Nas variedades tipo Prata e Cavendish (Nanica, Nanicão, Grande Naine etc.) a Sigatoka-negra pode causar perdas de até 100%. Nas variedades Terra e D’Angola as perdas podem ser de até 70%. A morte prematura das folhas, devida
ao ataque da Sigatoka-negra, à semelhança da Sigatoka-amarela, afeta o desenvolvimento da planta, provoca lentidão na capacidade de perfilhamento, diminui o número de pencas por cacho, reduz o tamanho dos frutos, provoca a maturação precoce dos frutos no campo e pode acelerar a maturação dos frutos durante o transporte e comercialização, porém estes distúrbios acontecem de maneira mais rápida. Para controlar as Sigatokas amarela e negra é necessária a integração de várias medidas a seguir especificadas:
1. Uso de variedades resistentes. O cultivo de variedades resistentes é o
método de controle de doença de plantas mais econômico, eficiente e não
agressivo ao meio ambiente. Portanto, sempre que possível, deve-se substituir
as variedades suscetíveis pelas resistentes, com o objetivo de reduzir, ou
mesmo eliminar, o emprego do controle químico. As variedades Mysore, Figo,
Caipira, Thap Maeo, Pacovan Ken e Preciosa são resistentes tanto à Sigatokanegra,
quanto à Sigatoka-amarela, e devem ser utilizadas para implantação de
novos pomares. As variedades FHIA-18 e Maravilha são resistentes à Sigatokanegra
e moderadamente suscetível à Sigatoka-amarela; portanto, podem ser
cultivadas nas diversas regiões produtoras de banana do Brasil. Por outro lado,
as variedades Terra, D’Angola e Tropical são resistentes à Sigatoka-amarela e
suscetíveis à Sigatoka-negra, podendo ser cultivadas apenas em regiões onde a
Sigatoka-negra ainda não se encontra presente.
2. Controle cultural. Diversas práticas culturais podem e devem ser
implementadas no sentido de reduzir a intensidade das Sigatokas amarela e
negra nos bananais. Entre elas destacam-se: a) a drenagem do solo, além de
melhorar o crescimento geral das plantas, reduz a umidade no interior do
bananal, contribuindo para a diminuição da doença; b) o mato, além de
competir com as bananeiras, aumenta a umidade dentro do plantio; portanto, o
controle do mato ajuda a combater as Sigatokas amarela e negra; c) a desfolha
sanitária, ou seja, a retirada racional das folhas atacadas, ou das partes
atacadas das mesmas, a depender do grau de ataque; d) as plantas que
recebem adubação adequada mantêm bom ritmo de emissão de folhas; dessa
maneira compensa os danos provocados pela doença, enquanto plantas com
deficiência nutricional tem o lançamento de folhas retardado e, por
conseqüência, as lesões provocadas pela doença são vistas em folhas cada vez
mais novas, causando maiores danos à planta atacada; e) plantas que se
desenvolvem em condições sombreadas apresentam pouca ou nenhuma
ocorrência das Sigatokas amarela e negra; assim sendo o estabelecimento de
bananais sob condições de sombra constitui prática de controle dessas
doenças; entretanto, deve-se ter em mente que as plantas cultivadas na sombra
podem apresentar maior altura, ter o ciclo aumentado e apresentar perdas na
produção.
3. Controle químico. Quando se cultiva variedades suscetíveis, sob condições
ambientais favoráveis ao desenvolvimento das Sigatokas amarela e negra, a
aplicação de fungicidas se torna a principal arma no controle dessas doenças.
Para que o controle químico seja eficiente deve-se atentar para os seguintes
aspectos: a) as pulverizações devem ser feitas no primeiro horário da manhã ou
no final da tarde; b) não se deve pulverizar em dias chuvosos e com vento
forte; c) as pulverizações devem ser direcionadas para o alto da bananeira, de
maneira a proteger as folhas mais novas, as quais são mais facilmente atacadas
pela doença; d) considerando que as Sigatokas amarela e negra são fortemente
influenciadas pelo ambiente (chuva, umidade e temperatura), o controle químico
dessas doenças deve ser implementado, nessas épocas, preferentemente com
base no monitoramento das doenças. É preciso atentar para o fato de que
apenas produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), e adquiridos mediante receituário agronômico, podem
ser utilizados no controle químico das Sigatokas amarela e negra, devendo-se
consultar o técnico para tanto.

Colheita
A época da colheita normalmente é definida pela aparência, quando desaparecem as quinas dos frutos, principalmente na ‘Prata’ e ‘Maçã’. Cuidados especiais, como utilizar dois operários (cortador e carregador), proteção de ombro almofadado, não amontoar os cachos e não colocá-los diretamente sobre a terra, devem ser adotados na colheita e no manejo do cacho após
colheita do cacho da bananeira, para reduzir as perdas.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Abelha jataí




Abelhas Jataí (Tetragonisca angustula )



As abelhas da sub família Meliponinae (Tetragonisca angustula), são conhecidas por "abelhas indígenas sem ferrão" por possuírem o ferrão atrofiado sendo, portanto, incapazes de ferroar.
O mel das abelhas sem ferrão apresenta composição diferente do mel de Apis mellifera.
O mel da jataí é bem mais liquido do que o mel do gênero Apis e é mais rapidamente absorvido quando passado na pele. Seu pH é baixo (ácido). O mel tem sido utilizado na alimentação, como antisséptico, como conservante de frutas e de grãos e até para embalsamar, devido a sua ação anti-putrefante. Seu efeito como bactericida (bactérias gran positivas e negativas ) se dá devido a uma substância chamada de " inibina " ( resultado do acúmulo de peróxido de hidrogênio produzido pelo sistema da glicoseoxidase do mel ). O mel de jataí, quando maduro , é envolvido por potes ovais mais ou menos esféricos, medindo cerca de 1 cm de diâmetro cada um..


CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS DO MEL DA ABELHA JATAÍ (Tetragonisca angustula )
- líquido, com espuma superficial, aroma e sabor fortes.- acidez (meq/kg) :31,66- umidade :25,1%- sólidos solúveis :74,728%- sólidos insolúveis :0,172%- açúcar invertido (frutose, destrose, glicose): 61,807% ( o mel de Apis tem, no mínimo, 72% )

PROPRIEDADES

ação dinamogênica ( aumenta a resistência do organismo )* ação ligeiramente aperitiva* ação febrífuga* ação sedativa ( méis de aroma forte )* suplemento alimentar* antisséptico ( principalmente méis escuros )* digestivo e laxativo* diurético* anti-anêmico ( principalmente méis escuros )

INDICAÇÕES

Para pessoas sadias:

* amenizar as insuficiências alimentares eventuais em aminoácidos, sais minerais , vitaminas, etc.* facilitar a assimilação e digestão de outros alimentos.* reforçar o organismo em luta contra as agressões.* dar ao organismo maior resistência contra o cansaço físico e intelectual, em ocasião de atividades intensas.* dar ao organismo melhor rendimento físico, principalmente aos atletas.
PARA PESSOAS DOENTES, EM CASOS DE:
* atraso de crescimento* astenia ou estado de cansaço ( físico ou psíquico )* anorexia ou perda de apetite* desnutrição ( principalmente crianças )* deficiência constitucional* má dentição
ÁREA DIGESTIVA
* anorexia ou perda de apetite* distúrbio de assimilação* insuficiência digestiva* intestino preso* úlceras gastroduodenais* infecções intestinais
ÁREA CARDIOVASCULAR E SANGÜÍNEA
* anemias ( mais indicado o mel escuro )* cardíacos* contra varizes
ÁREA RESPIRATÓRIA
* infecção do olho, nariz, laringe, faringe ( mais indicado o favo do mel )* conjuntivite ( pomada à base de mel )* escrófula ( tuberculose dos olhos )* infecção dos brônquios* tosse de origens diversas
ÁREA URINÁRIA
* favorece a diurese* nefrites agudas, cistites e outras
ÁREA NEURO-PSÍQUICA
* nervosismo* insônia* depressão e tensão devido a hipoglicemia
ÁREA DERMATOLÓGICA
* feridas infeccionadas, úlceras e queimaduras ( aplicação no local )* prurido anal de algumas dermatoses* cicatrização
ÁREA METABÓLICA
* emagrecimento e desnutrição sem etiologia precisa* certos estados diabéticos pouco graves ( as doses devem ser pequenas no inicio e aumentado-as progressivamente, sempre sob o controle médico )
OUTRAS ÁREAS
* cãibras
POSOLOGIA
* Adultos: uma colher de sopa três vezes ao dia


* Crianças : (menores de 5 anos ) uma colher de chá três vezes ao dia, de preferência misturado ao chá. Para (menores de 2 anos) nunca servir puro, necessario diluir em chá.- Quando o mel é tomado puro, deve-se ingeri-lo vagarosamente e em pouca quantidade de cada vez.
** É essencial a consulta com um médico homeopata durante qualquer tratamento.

* amenizar as insuficiências alimentares eventuais em aminoácidos, sais minerais , vitaminas, etc.* facilitar a assimilação e digestão de outros alimentos.* reforçar o organismo em luta contra as agressões.* dar ao organismo maior resistência contra o cansaço físico e intelectual, em ocasião de atividades intensas.* dar ao organismo melhor rendimento físico, principalmente aos atletas.


Por que criar abelhas sem ferrão ?
O principal interesse pela criação racional de abelhas sem ferrão está no prazer que o manejo diário proporciona ao homem e sua família, uma vez que esta atividade não representa qualquer risco de acidentes com enxames. Além da questão do lazer do criador e sua família, a atividade pode ainda representar uma renda extra, através da venda do mel, ou ainda, pela comercialização dos enxames para os interessados em iniciar ou aumentar uma criação.
É a natureza, e indiretamente o homem, os que mais lucram com os efeitos da criação e preservação destas abelhas, devido aos serviços de coleta de pólen das flores prestados pelas campeiras. Ao se movimentar sobre as flores em busca do pólen, as abelhas promovem a fertilização das plantas, assegurando a sua multiplicação e perpetuação. Grande parte dos vegetais presentes no Brasil dependem exclusivamente da polinização realizada por estas espécies de abelhas sem ferrão. Daí a grande importância de se preservar estas abelhas, evitando-se o desmatamento desordenado, as queimadas, o uso indiscriminado de agrotóxicos e o extrativismo do mel.
Quem são essas abelhas ?
As abelhas sem ferrão, assim chamadas por apresentarem este instrumento de defesa atrofiado, são verdadeiramente insetos sociais. As colônias possuem uma rainha-mãe, várias gerações de operárias, além dos machos dependendo da condição geral da população.
Geralmente, encontramos machos nas épocas onde existe bastante alimento e presença de células reais, sinal que haverá em breve fecundação de rainhas virgens. Os machos são menores e não possuem corbícula, existente nas patas traseiras das operárias, responsável pela coleta de pólen das flores.
As operárias de meliponíneos vivem, em média, 30 a 40 dias e são quase brancas ao saírem dos favos, escurecendo com o passar do tempo. Na vida adulta, desempenham diversas funções no ninho, seguindo normalmente a seguinte ordem: faxineiras - nutrizes - arquitetas - ventiladoras - guardas - campeiras. A rainha, quando fecundada, apresenta o ventre bem dilatado, podendo ser localizada facilmente a olho nu. Normalmente, habita a área de cria, circulando por entre os favos. Existem poucos relatos de fuga de meliponíneos, devido à impossibilidade de vôo da rainha fecundada.
Essas abelhas indígenas são insetos nativos do território brasileiro, ou seja, não foram trazidas e introduzidas pelo homem de outras partes do mundo, como ocorreu com as abelhas melíferas. Elas constróem seus ninhos em ocos de árvores, cupinzeiros e formigueiros abandonados, e nos mais variados locais onde encontram espaço e segurança suficientes para o desenvolvimento da colônia (postes, paredes, muros, caixas de força, armários, pedreiras, etc.).
Na elaboração dos ninhos, as abelhas utilizam diversos "materiais de construção" tais como a cera pura, o cerume (mistura de cera + própolis) ou ainda o batume (própolis + barro), destinados à delimitação do espaço. Algumas espécies usam cadáveres e excremento para construir suas moradias, como já observado em Jandaíra, Uruçu e Irapuá.
Dentro dos ninhos, elas guardam mel e pólen em potes ovalados de cerume. Eles ficam localizados próximos aos favos de cria, dependendo do espaço disponível na colônia. Os favos de cria são normalmente dispostos em forma de discos empilhados, sendo que algumas espécies apresentam favos em forma espiral e em cachos. Várias espécies envolvem a área de cria com uma capa folheada de cerume (invólucro), para proteger larvas e abelhas mais jovens das variações da temperatura.
No Brasil, existem mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, divididas em Meliponas e Trigonas. Através de algumas características gerais podemos distinguir esses dois grupos. Entretanto, para se identificar as espécies dentro de cada grupo, somente conhecendo e observando criteriosamente as várias partes que compõem o corpo das abelhas, tarefa restrita aos especialistas da área (pesquisadores e criadores).

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Algumas doenças em Bovinos, Equideos,Suínos, Caprinos, Aves, Plantas tóxicas

Aftosa- Causado por um vírus que pode ser contagiosa pela urina, saliva, ossos, carne, objetos, roupas, veículos, ar e água.
Característivas da doença-
A febre aftosa apresenta sintomas facilmente observados,
como presença de aftas na boca e gengiva dos animais,
feridas nas mamas e patas, resultando em perda de peso e
dificuldade para pastar e baixa produção de leite.

EET (Encefalopatia Espodiforme Transmissível)
Neurovegetativas
Características- tremores, postura, marcha.
São muitas espécies e de difícil diagnóstico.

Carbúnculo sintomático
Características (manqueira)

Botulismo
Intoxicação C e D .
Característiva- Paralizia e morte

Diarréia-
Características- Desidratação e choque hipovolemico.

Controle de vermes, mosca dos chifres, bernes, bicheiras, carrapato.

Brucelose e tuberculose- Causada por uma bactéria
A brucelose, doença infectocontagiosa causada por bactérias,
é transmitida pela urina, contato com a pele, sangue e
ingestão de leite cru de vacas em processo de ordenha, sendo
o diagnóstico feito por meio de exame de sangue.
Características brucelose-
Retenção de placenta, aborte no final da gestação (7a9 meses), orquite e esterilidade.
Vacinal bezerras de 3 a 8 meses de idade a carimbar o lado esquerdo do rosto do animal com um V e o último algarismo do ano em que o animal foi vacinado.
Os doentes devem ser marcado com um P no lado direito.
Os testes de bruceloses são feitos em bovinos femeas com > 24 meses e machos com > de 8 meses.
Tuberculose- Vac. 6 semanas.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por
bactéria transmitida pelos alimentos, água e ar, podendo
demorar até cinco anos para que se verifiquem os sintomas
nos bovinos, tais como perda de peso, cansaço, diminuição
da produção e morte. Os produtores devem adotar como
medidas preventivas a execução da quarentena, a eliminação
de gatos e cachorros no curral e a realização de exames
periódicos no rebanho.

Raiva
A raiva é uma doença viral que atinge o sistema nervoso do
bovino, caprino, suíno, equino, ovino, canino e felino. Os produtores
devem sempre efetuar o controle dos morcegos hematófagos
e vacinar os animais uma vez ao ano.
Ataca o sistema nervoso, o óbito é inevitável.
Características-
O sintoma inicial ocorre na forma de coceira no local damordedura do morcego, tristeza, indiferença, perturbaçãodos sentidos, presença de baba espumante e viscosa,movimentos desordenados da cabeça, manifestação detremores musculares e ranger de dentes.
Animal morre entre o 3º e o 5º dia.

AIE "Anemia Infecciosa Equidea"
TRANSMISSÃO
É feita principalmente por insetos sugadores (moscas e mosquitos). Já foram também comprovadas as transmissões congênitas (placentária), pelo leite (aleitamento), pelo sêmen (acasalamento) e pelo soro-imune.
As mucosas nasal e oral, intactas ou feridas, podem ser portas de entrada do vírus.
O uso sem assepsia de material cirúrgico, por pessoas não-habilitadas, também aumenta a probabilidade da infestação. O animal, uma vez infectado, torna-se portados permanente.
SINTOMAS
Há uma forma aguda e outra crônica. Todavia o vírus pode estar presente no sangue do animal sem produzir qualquer sintoma.
A forma aguda é assim caracterizada:
a) febre que chega a 40,6c;
b) respiração rápida;
c)abatimento e cabeça baixa;
d)debilidade nas patas, de modo que o peso do corpo é passado de um pé para outro;
e)deslocamento dos pés posteriores para diante;
f)inapetência e perde de peso.
Se o animal não morre em três a cinco dias, a doença pode tornar-se crônica.
Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo é curto, em geral a morte sobrevêm depois de algumas semanas.
Com ataques há grande destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, o que resulta em anemia.
A doença pode acometer eqüídeos (burros, zebra, etc.), de qualquer raça, sexo e idade. A Tem como vetor, insetos hematófagos, porém, a transmissão pode ocorrer através de agulha usada. Todo proprietário deve fazer duas vezes por ano, exame eliminando os animais positivos e comunicar à Casa da Agricultura.
Qualquer eqüídeo, para ser transportado precisa ter atestado de anemia eqüídeo infecciosa negativa.
PROFILAXIA
Combate aos insetos e manutenção de boas condições sanitárias; drenagem nos pastos alagados e fiscalização das aguadas e bebedouros, a fim de que os animais não bebam água estagnada; não introdução de animais infectados na fazenda; uso de agulhas hipodérmicas e instrumentos cirúrgicos só depois de bem esterilizados.
TRATAMENTO
Ainda não é bem conhecido qualquer tratamento eficaz. Aumentar a resistência do animal, desintoxicar o fígado e fortalecer o coração, intensificar o metabolismo. Existem estudos recentes, mas por enquanto o animal que apresentar Teste de Coggins positivo deve ser sacrificado.
CONTROLE
Isolar os animais com sintomas suspeitos (fazer o Teste de Coggins);
Retestar periodicamente todos os animais;
Evitar a entrada na fazenda de animais vindos de zonas enzoóticas sem os testes negativos recentes de imunodifusão;
Drenar as zonas pantanosas e controlar os insetos transmissores;
Todo material usado nos animais (para cirurgia, tatuagem, injeções, abre-bocas etc) deve ser esterilizado por fervura por mais de 30 minutos;
A possibilidade de uma vacina é remota, pois muitas já foram experimentadas e até o momento nenhuma apresentou resultados satisfatórios.
Os surtos aparecem quando é introduzido na manada um animal infectado ou portador. Casos crônicos podem existir em qualquer época do ano e, são mais suscetíveis os animais desnutridos, débeis e parasitados.
Diagnostico de raiva, encefalomielite equina, guipe equinea(Influeza), Mormo. Agente é o inseto hematófago.

O Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos eqüídeos, causada pelo Burkholdelia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. No Brasil, felizmente, embora tenham sido constatadas reações positivas, ainda não se comprovaram casos desta enfermidade.
Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente:
pús;
secreção nasal
urina ou
fezes
O agente da doença penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea, sendo esta última só por alguma lesão. Quando penetra no organismo, em geral, o germe cai na circulação sangüínea e depois alcança os órgãos, principalmente os pulmões e o fígado.
O peíodo de incubação é de aproximadamente de 4 dias mas, pode variar bastante.
SINTOMAS - O mormo apresenta forma crônica ou aguda, esta mais freqüente nos asininos. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetido à prova de maleina sendo realizada e interpretada por Médico Veterinário. A mortalidade desta doença é muito alta.
A forma aguda é assim caracterizada:
febre de 42ºC, fraqueza e prostação;
aparecimento de pústulas na mucosa nasal que se trasnformam em úlceras profundas e dão origem a uma descarga purulenta, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta;
há entumecimento ganglionar, e o aparelho respiratório pode ser comprometido, surgindo dispnéia.
A forma crônica se localiza na:
pele;
fossas nasais;
laringe;
traquéia;
pulmões, porém de evolução mais lenta;
pode mostrar também localização cutânea semelhante à forma aguda, porém mais branda.
PROFILAXIA - Deve ser realizado as seguintes medidas:
notificação imediata à autorização sanitária competente;
isolamento da área onde foi observada a infecção;
isolamento dos animais suspeitos como resultado da prova de maleína e sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova repetida após dois meses;
cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com os mesmos;
desinfecção rigorosa dos alojamentos;
suspensão das medidas profiláticas somente três meses após o último caso constatado.
TRATAMENTO - Os produtos usados devem ser a base de sulfas, principalmente sulfadiazina e sulfatiazol ou sulfacnoxalina ou cloranfenicol e outros, em forma de grupos antibióticos.



PSC- Peste Suína Clássica "Diagnóstico de erisipela, salmonelose, pasteurelose, febre aftosa.
Também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos é uma doença altamente contagiosa e frequentemente fatal dos suínos. A doença pode ser aguda, crônica e inaparente. Em uma época, ela foi caracterizada clinicamente por uma doença aguda altamente fatal e patologicamente por lesões de uma viremia grave. Atualmente, é definida como uma doença também crônica ou inaparente, incluindo a infecção congênita persistente nos suínos recém-nascidos infectados durante a vida fetal.
SINTOMAS: Hemorragia, que pode levar à morte; febre alta; falta de coordenação motora; orelhas e articulações azuladas; vômitos, diarréia; falta de apetite; esterilidade e abortos; leitões natimortos ou com crescimento retardado. Entre as características da doença estão também o agrupamento de animais nos cantos das pocilgas e a morte após quatro e sete dias do início dos sintomas.
CONTAMINAÇÃO: Alimentos ou água contaminados; animais infectados; veículos e instalações contaminados; contato com cadáveres de animais infectados; equipamentos contaminados, roupas e calçados de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou em período de incubação da doença (em geral a incubação é de 4 a 6 dias, com um intervalo de oscilação de 2 a 20 dias).
PREVENÇÃO: Separação das instalações nas diferentes fases de criação; cercas adequadas que evitem a entrada de animais; limpeza e desinfecção das instalações e dos veículos que transportam animais; conhecimento da origem de animais adquiridos e quarentena dos mesmos; limpeza e desinfecção das mãos e botas das pessoas que lidam com os animais.
Característivas:
Forma aguda- febre e manchas
Crônica- recuperação aparente e morte
Congenita- 70 a 90 dias de gestação
Congenita suave- infecções na gestão, leitões fracos.

Algumas doenças em caprinos - Mastite, linfadenite caseosa, tétano, enterotoxemia, toxoplasmose, epidemiologia, coccidiose, artrite.

A newcastle é uma doença viral que dissemina rapidamente
atingindo aves comerciais, domésticas e silvestres,
apresentam tosse e espirro e, frequentemente, manifestações
nervosas, edema na cabeça e diarreia. A contaminação
ocorre pela ingestão de água, alimentos contaminados e
aerossóis. A prevenção deve ser feita por meio de vacina e
exame sorológico para detecção de animais contaminados.

Algumas plantas tóxicas:
Algodão bravo, barbatimão, braquiara d`água, caruru de espinho, laranjinha, mamona.